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Gerente denunciado por abaixar a calça e mostrar ereção para auxiliar em farmácia continua trabalhando

Rede de drogarias alega que vai adotar as medidas cabíveis após a conclusão da sindicância instaurada sobre o caso. Auxiliar foi transferida para outra unid...

Gerente denunciado por abaixar a calça e mostrar ereção para auxiliar em farmácia continua trabalhando
Gerente denunciado por abaixar a calça e mostrar ereção para auxiliar em farmácia continua trabalhando (Foto: Reprodução)

Rede de drogarias alega que vai adotar as medidas cabíveis após a conclusão da sindicância instaurada sobre o caso. Auxiliar foi transferida para outra unidade da empresa no litoral de São Paulo. À esquerda, auxiliar que denunciou gerente por ato obsceno em Santos (SP). À direita, uma das unidades da rede de farmácias (imagem ilustrativa) Arquivo pessoal e Nissei/Divulgação O gerente de uma farmácia denunciado por abaixar a calça e mostrar o órgão genital ereto para uma funcionária continua trabalhando na mesma loja da rede de drogarias, em Santos, no litoral de São Paulo. A empresa alega que adotará as medidas cabíveis após a conclusão da sindicância instaurada sobre o caso. A suposta vítima, de 26 anos, foi transferida para outra unidade e quer entrar na Justiça. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. O caso aconteceu na farmácia no bairro Campo Grande. De acordo com a auxiliar de serviços gerais, o gerente disse estar queimado de sol e abaixou a calça, mostrando a cueca com o órgão genital ereto. Em seguida, ainda de acordo com o relato, o homem falou a situação para "ficar no off". Por meio de nota, a Farmácia Nissei afirmou que apura o caso de forma rigorosa por meio de uma sindicância interna. O comércio informou que, uma vez concluído o processo, adotará as medidas necessárias e cabíveis, com seriedade e respeito. "A empresa reitera que comportamentos dessa natureza são totalmente contrários aos valores e à política da companhia, que é pautada em oferecer um ambiente de trabalho ético, respeitoso e seguro para todos", afirmou a Farmácia Nissei. A funcionária disse ter sido informada na segunda-feira (20) sobre o fato do homem continuar trabalhando no local. "Me sinto revoltada, triste e impotente. Infelizmente, não posso fazer nada, tenho que aguardar a Justiça e a empresa, que só me transferiram porque eu pedi", lamentou ela. O g1 tentou contato com o gerente, mas não o localizou até a última atualização desta reportagem. Transferência A rede de farmácias acrescentou que, desde o primeiro contato da colaboradora com o Departamento de Recursos Humanos (RH), medidas imediatas foram adotadas com a transferência dela para outra unidade e a oferta de suporte psicológico especializado. A auxiliar de serviços gerais, porém, afirmou que o RH queria que ela continuasse a trabalhar com o gerente na mesma unidade. A mulher alegou ter ficado dois dias em casa até conseguir transferência. Justiça O advogado Carlos Alberto Comesaña Lago, que representa a colaboradora, afirmou à equipe de reportagem que assumirá o caso na esfera trabalhista e adotará todas as providências cabíveis em favor da cliente. "Será proposta uma ação trabalhista pedindo, entre outros direitos, a indenização em função do fato ocorrido", explicou o profissional. Ele ressaltou que a mulher recebe atendimento psicológico e continua trabalhando em uma outra unidade. Relembre o caso Ao g1, a funcionária explicou ter sido abordada pelo gerente no piso superior, onde ficam os banheiros, vestiários, cozinha, estoque, depósito de material de limpeza e a sala dele. Segundo o relato, a vítima limpava os banheiros do andar de cima quando o gerente apareceu e disse que não conseguia andar direito por conta das queimaduras do sol. Ainda de acordo com a auxiliar, o homem levantou a camisa para que ela observasse o corpo dele de frente e de costas. "Não satisfeito, [o superior] entrou no banheiro com a porta aberta e disse que as pernas também estavam todas queimadas", afirmou a funcionária. Neste momento, de acordo com ela, o homem saiu com a calça abaixada, mostrando o órgão genital ereto. A auxiliar afirmou que o homem disse para "ficar no off" e para ela não contar a ninguém o que ele tinha feito. "Eu não tive nenhuma reação, simplesmente larguei a vassoura e desci. Esperei o mesmo descer para subir, terminar a minha tarefa e esperar dar o horário de ir embora", desabafou. Polícia A vítima acrescentou que não há câmeras de monitoramento no piso superior da farmácia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como ato obsceno pela Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 2º Distrito Policial (DP) de Santos, em 13 de janeiro. Ainda de acordo com a SSP-SP, diligências são realizadas para o esclarecimento dos fatos. "Mais detalhes serão preservados por se tratar de crime sexual", finalizou a secretaria. Importunação sexual: o que é e como denunciar? VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos